sábado, 18 de julho de 2009

De fogo, de cinza e de bálsamo

Morreu.
Uma Fênix.
Acabou de morrer...
...
... ... ...
E agora outra...
... ...
...
E mais outra, neste instante..
Fogo me queima, fogo me cinza, fogo me luz.

Nos seus lugares, renascem elas mesmas, em forma de filhas. Sempre há perfume de bálsamo e mirra espalhados pelo ar enquanto as cinzas percorrem o espaço até seus destinos.

Não sei se só os humanos tem a capacidade de atribuir fatos e meios aos símbolos. Romantismo exacerbado, romantismo delicado, fé superficial, crença fundamental pra seguir em frente. Um quê de magia sempre pairou no ar inspirando nossas histórias, tão capengas que cedo ou tarde vira tudo grosseira ilusão de mágico amador.

Fato mesmo é viver o roxear invisível do joelho a cada tombo, sentir o calor e o visco do sangue transparente a cada covarde punhalada verbal pelas costas. A cada flor recebida, a cada gesto de ajuda, mão extendida. A cada alto e baixo, saber que tudo continua, saber continuar. Vale renascer, manter a essência, e começar de algum ponto a frente do relativo zero absoluto. Como espiral: partir sempre duma medida acima do ponto de partida da volta anterior. Maior será a força da gravidade: medida justa da bagagem que acumulamos, determinante da velocidade de outros 360º: constante, inconstante, inexistente...

Papo volátil: serve só pra pensar em semi-tudo ou quase-nada enquanto a vida lá fora, enquanto a vida aqui dentro! - corre como água de rio, voa como vento, continua como a Terra, a rodar, voltar, rodar...

Recomeçar...

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